FAMÍLIA, VIDA E MISSÃO

Que a Família seja: O Sal da Terra, Luz que ilumina, encobrindo as trevas.

quinta-feira

Encontros que transformam

Encontros que transformam


E foi assim que O vi de perto pela primeira vez. Manso, humilde, cansado, humano.
Profundamente humano. Carregado de simplicidade e de uma ternura sem igual...


Ao meio-dia, Ele passou pelo meu caminho. Na verdade, uma sede imensa de CONHECER O DOM DE DEUS já ardia há muito tempo em meu peito. Com o meu cântaro vazio, aproximei-me daquele poço, em pleno meio-dia. Não sei como explicar... Todos os dias ia com o meu cântaro vazio àquele poço. Enchia-o até a borda e voltava. Às vezes feliz, outras vezes triste; às vezes cantarolando, outras, silenciosa...

Naquele dia, algo completamente novo estava por acontecer. Tirando água para matar a minha sede, jamais poderia suspeitar que ALGUÉM se oferecesse como fonte de água viva, infinitamente superior àquele pequeno poço que abastecia toda a nossa região.

Ali, sozinha, coração ressequido, qual terra gretada do sertão, à espera da chuva... Ali, naquele sol do meio dia, estava eu novamente em busca de água para minha sede... Uma sensação de vazio apossou-se de mim, ao observar meu cântaro sem água. Por que não experimentei esta sensação nos outros dias?!

Não vinha eu todos os dias, fielmente, ao poço de Jacó?!
Num misto de confusão e vazio, eu vivia uma experiência inédita, jamais sonhada antes! Era como se algo novo, forte, profundo, decisivo me envolvesse e me transformasse por dentro... fazendo-me realmente viver... Sim, viver com intensidade, com alegria... feliz!

E foi assim que decidi abeirar-me daquele poço... Certeza, incerteza; atração, sede, confusão interior, angústia e, paz. E foi assim que O vi de perto pela primeira vez. Manso, humilde, cansado, humano. Profundamente humano. Carregado de simplicidade e de uma ternura sem igual! Assustei-me com sua presença. Voltei-me e O vi de perto, de muito perto. Pedia-me água! Eu sorri. Sorri, num misto de perplexidade e estranheza. “Como queres água, se não tens balde?! E o poço é fundo, com o poderás tirá-la?

Enganei-me... Eu estava falando com o Filho de Deus, o Messias Prometido... o Libertador! Como era isso possível? Jamais poderia imaginar que, por detrás daquela aparência tão humana, escondia-se o Deus da Misericórdia, o Deus do Perdão... O Deus que vai constantemente - também ao meio dia - em busca da ovelha perdida para acolhê-la no aconchego de seus braços, próxima ao coração...

A mim, pequenina ovelha desgarrada do Rebanho, Ele encontrou à beira de um velho poço... e encheu-me de vida e de esperança!

Ir. Olinda Bonássio, ASCJ

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