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terça-feira

Círio de Nazaré, curiosidades

Círio de Nazaré, curiosidades

Manto Inicialmente o manto da Santa não era confeccionado anualmente devido ao elevado custo da produção. A confecção anual nasceu por iniciativa e empenho da irmã Alexandra, da congregação das Filhas de Sant´Anna (colégio Gentil), que, na década de 60, se ofereceu para fazer o manto com material doado por um promesseiro.

Dia do Círio Os jornais de 1840, 1843, 1846 e 1849 registram a realização do círio em uma tarde de quarta-feira, um horário sempre sujeito à chuva. Por causa disso, em 1854, foi anunciada a transferência da procissão para a manhã de domingo.

Largo de Nazaré No século XIX, a ´Sociedade do Descanso´ alugava cadeiras para quem quisesse apreciar o movimento do Largo de Nazaré. Eram contratados criados para servir água em copos de cristal e charutos importados. Um anúncio no jornal O Liberal da época pedia que todos fumassem os charutos com "chiquismo".

Origem Sobre a origem do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, dizem que o governador Souza Coutinho foi muito influenciado pela lenda da fuga da Santa, da capela do Palácio do Governo para as matas do Utinga. Por esse motivo, pediu à Confraria que repetisse o movimento que o povo atribuiu à Virgem. E o Círio, até hoje, cumpre o mesmo ritual, sendo que ao invés de iniciar o trajeto na capela do Palácio do Governo, sai da igreja da Sé.

Lei - Existe a Lei da Padroeira: "É de lei, lei dos homens, que Nossa Senhora de Nazaré é merecedora de honras de Estado". É a Lei nº 4.371, de 15 de dezembro de 1971.

Hino O hino oficial do Círio foi criado no mesmo ano em que foi lançada a pedra fundamental da Basílica de Nossa Senhora de Nazaré. Dizem que o hino foi feito para Nossa Senhora da Providência, padroeira dos Barnabitas. Depois, a pedido do Padre Afonso Di Giorgio, líder católico na época, o advogado e político Aldebaro Klautau adaptou o estribilho que atualmente cita o nome Senhora de Nazaré.

Corda A partir do Círio de 1995, a berlinda passou a ser atrelada à corda no Boulevard Castilho França com a avenida Portugal, em frente ao Mercado do Ver-o-Peso. Desta forma, a berlinda passou a sair da Catedral de Belém protegida por um cordão humano, formado por um pelotão de 60 homens da Polícia Militar, Marinha, Exército, Aeronáutica e Guarda Municipal, além dos 120 homens da Guarda da Santa.

Decoração Até 1963, a berlinda era decorada apenas com flores brancas. A partir de 1964, ela ganhou um novo visual, passando a ser enfeitada com flores de todas as espécies e cores.

Mistério Todos os anos, a coordenação da festa mantém um certo mistério sobre o manto que a imagem de Nossa Senhora de Nazaré irá usar. No Círio de 97, a padroeira usou dois mantos: um na trasladação e outro na grande procissão de domingo. Foi a primeira vez que dois mantos foram confeccionados para um só Círio. O manto usado na trasladação foi doado por uma catariense, Genosí Pawlick, que assistiu ao Círio pela televisão e pediu a um amigo de Belém, coronel Roberto Pessoa Campos, para tirar as medidas do manto da padroeira para confeccioná-lo em seu ateliê, em Florianópolis. Ele foi feito na cor branca, em veludo alemão, bordado com miçangas de porcelana, vindas da Austrália, e estrasse da Checoslováquia.

Comida A maniçoba, prato de origem indígena, típico da Amazônia, leva entre 5 e 7 dias cozinhando, para ser servida na Ceia do Círio. Isso porque a maniva, folha da mandioca, ingrediente principal da maniçoba, possui substâncias tóxicas que se ingeridas cruas podem matar por intoxicação.

Promessa No círio de 1996, um romeiro chamou a atenção do público e da imprensa: para agradecer a uma graça alcançada, ele carregava atracados ao seu corpo 150 caranguejos vivos. A intenção do promesseiro era de que os caranguejos ficassem expostos no Museu do Círio. A diretoria do Museu não concordou totalmente, mas também não se desfez do pedido do promesseiro. Mandou empalhar alguns caranguejos, que hoje estão em exposição junto com a vestima.

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